quarta-feira, 29 de julho de 2009

Apresentação, Esclarecimentos e Manifestações - III

"Então, respondendo à questão: O que a OAS ganhará com esta parceria?

A OAS terá ganhos em três fontes distintas: da parceria na Arena, no complexo shopping/hotel/bloco comercial e blocos residenciais e, por fim, do empreendimento residencial na Azenha.

Na Arena, como já foi explicado antes, a OAS pagará o financiamento abrindo mão de seu percentual durante a sua amortização. Após este período, passará a usufruir da fase de retorno do investimento. É muito importante frisar que, ao contrário do que se está dizendo, a OAS NÃO ENFRAQUECERÁ o futebol do Grêmio por um singelo motivo: A OAS DEPENDERÁ MUITO DOS RESULTADOS DO TIME PARA OBTER MAIS LUCRATIVIDADE NA ARENA. Isto é muito óbvio, pois um time fraco que não empolgue a torcida levará menos espectadores à arena, diminuindo sua receita. Portanto a OAS não retirará recursos do futebol como estão dizendo.

No empreendimento ao lado da arena o Grêmio não terá nenhuma participação, portanto o lucro será todo da OAS. Este empreendimento terá um plus associado a ele: A marca GRÊMIO, que obtém dois terços da torcida deste estado. O mesmo acontece com o terreno do Olímpico que certamente terá o nome do Grêmio associado.

A OAS ganhou também, e muito, com o aumento dos índices construtivos em ambas as áreas. Isso, é claro, graças ao Grêmio e sua capacidade política.

Fica claro que a OAS não está dando de graça a arena, pois vai lucrar muito com a parceria. Diante do exposto, muita gente pode questionar: porque o Grêmio não ganhou uma participação nestes empreendimentos uma vez que seu nome estará associado?

Também acho que poderia receber algo por isso, porém, sem este tipo de negócio seria praticamente impossível de se obter um aparelho moderno, que vale mais de 300 milhões e gerará receitas extras ao clube.

Por que não o Olímpico então?

Como já foi dito antes, os cálculos (feitos pela AAA) para reforma são maiores do que a construção de um novo estádio. O Grêmio entregou um caderno de intenções às empresas interessadas com as três hipóteses (reforma, construção na Azenha e construção em outro local) e ninguém apresentou proposta para reforma. Eu particularmente sou testemunha dos problemas estruturais do Olímpico. Na parte nova, onde foram construídos os treze módulos, as paredes onde se encontram os módulos possuem parafusos gigantes e as caixas destinadas aos placares eletrônicos foram retiradas. Na parte antiga, na altura do memorial, se encontravam ferragens expostas, enferrujadas e comprometidas (lembram da Fonte nova?).

Uma proposta de reforma do Olímpico foi apresentada muito depois de todo o tipo de debate já ter sido feito no conselho. Como se fala muito em transparência, poderiam dizer o custo de tal reforma, o que teria que ser demolido e refeito, quem bancaria uma obra de tal monta e em troca do que. Custo a imaginar um empreendedor que bancasse uma obra desta magnitude em troca da exploração por um período da área onde hoje se encontra o carecão e as antigas piscinas. Alguém já se apresentou? Quem?

A opção de construção na Azenha também encontrou obstáculos junto ao conselho por três motivos importantes:

1) O risco de se demolir o estádio atual sem ter o novo pronto;

2) Uma área pública (na Cascatinha) teria que ser doada pelo município - coisa muito complicada de se obter - e áreas lindeiras, com vários proprietários, teriam que ser compradas;

3) A questão viária.

Restou ao conselho escolher a melhor proposta financeira, com menos riscos.

Na próxima manifestação falarei sobre a delicada questão dos sócios e da transparência."